19/04/2013

[Escrivaninha] Da pior semana


Mais uma vez, um texto chato sobre mim. O que eu estou passando. Mas, prometo, não demoro tanto agora. Esse texto talvez não seja incrivelmente longe e repetitivo, pois estou me atrapalhando toda para
digitar, e as palavras estão saindo todas erradas ou pela metade, e, segundo motivo, não sei bem o que escrever.

Minha vida piorou de novo. Todos os dias eu acordo e fico feliz em poder ir para a escola e deixar bem longe de mim a vida turbulenta dentro de casa. Nas aulas, eu posso ocupar a minha mente com um bilhão de coisas irritantes e inúteis, mas agora são necessárias: elas me distraem. É quando eu posso ler um livro sem saber se posso mesmo fazer isso. É quando eu posso conversar bem, não só em um quarto ou trocando olhares o tempo todo para não dizer todas as palavras mais tristes em voz alta.

Então, eu acordo e fico feliz em ir para a escola. E quando eu volto para casa, na primeira hora minha mente agitada está entorpecida com os assuntos da escola - conversas loucas, provas, trabalhos, colegas, amigos e  uma imensidão de manhã cheia - então demora um pouco para que eu comece a pensar no fim do dia. E começo a ficar desanimada. A noite está chegando. Passo o resto da tarde andando de um lado para o outro, às vezes deito um pouco na cama e olho para o teto, pensando no que vai acontecer. Mas então levanto num salto, agoniada, e paro novamente. É uma espera até a noite.

A noite é o pior momento do dia. Inimigos estão reunidos, sob o mesmo teto. Passam pelos corredores sem trocar olhares, a raiva e a tristeza gritando no ar, mas sem sair de nenhuma das bocas. O fogo cruzado está ali, horrível e sem cessar.

E eu não sei o que fazer. A manhã é o meu refúgio, a noite está longe de mim, a uma distância segura. Mas... até quando vai continuar?

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