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Editora: Suma de Letras
Páginas: 231
Durante o verão de 1937, Irene se muda com a mãe e o irmão para uma cidadezinha no litoral da Normandia, onde a mãe, Simone, começa a trabalhar como governanta para Lazarus Jann, um fabricante de brinquedos que mora na mansão Cravenmoore com a esposa doente. Irene fica encantada com a beleza do lugar – os despenhadeiros imensos, o mar e os portos – e por Ismael. Ismael tem um barco, entende tudo sobre navegação e gosta de velejar sozinho, até conhecer Irene... Os dois logo se apaixonam. Todos estão animados com a nova vida quando acontecimentos macabros e estranhas aparições perturbam a harmonia de Cravenmoore: Hannah é encontrada morta, e uma sombra misteriosa toma conta da propriedade. Irene e Ismael desvendam o segredo da espetacular mansão repleta de seres mecânicos e sombras do passado.
Meu primeiro contato com a escrita de Záfon foi no ano passado, com a leitura de O príncipe da névoa. Foi uma história intrigante e absolutamente encantadora, e sequer hesitei ao ver o cobiçado As luzes de setembro no Submarino por R$9,90 (quem resiste?).
Devo dizer que o enredo do livro seguiu uma linha próxima do outro, com mesmo estilo de desenvolvimento. Os personagens que formam o casalzinho tinham uma característica em comum e havia um irmão mais novo (antes que era o protagonista e que desta vez ficou em segundo plano). E, eu começo a me perguntar, se Záfon por algum acaso tem um fetiche por fantasmas.
Mas vamos à As luzes de setembro. Uma história que foi escrita para ser infanto-juvenil, mas que atende bem a qualquer idade. Muita fantasia e lendas, mas sem muito exagero. O encanto desta vez é doppelgänger.
"Já ouviu falar em doppelgänger, minha cara? Claro que não. Ninguém mais se interessa por lendas e velhos truques de magia. é um termo de origem germânica e designa a sombra que se desprende de seu dono e se volta contra ele." (Pág. 194)E este é o mistério. É dado pouca atenção aos personagens em detalhes, o romance entre Ismael e Irene é fofinho, mas se desenrola de forma rápida - não que seja superficial; há alguns momentos em que situações tensas reforçam o sentimento. A escrita de Záfon é uma graça à parte; suave e envolvente, vai te rodeando com as palavras até que esteja cheio delas, mas ainda insatisfeito. Suas palavras são como doce - o seguinte é sempre melhor.
Porém, mesmo com as belas palavras, o autor ainda consegue criar uma atmosfera sombria e quase assustadora. Fantasmas, marés tortuosas e passeios noturnos em bosques fazem parte da trama. E é isto: há sempre mais pelo que esperar. Mais segredos e mais meios-fins, que nunca terminam.
Nunca li nada do Zafón, mas tem uns dele que ainda gostaria de ler, como o A Sombra do Vento. Esse aí eu não conhecia, e parece interessante =D
ResponderExcluirBeijos,
Thiago - Blog GentleGeek
É o melhor que eu lia até agora dele! <3
ExcluirObrigada pela visita!