15/07/2013

A culpa é das estrelas, John Green




Assim que eu conseguir me recompor, vou ficar com muito ódio de mim mesma de não ter comprado esse livro na Feira do Livro que eu fui ontem. Muito ódio. Talvez eu vá até a livraria na segunda-feira e compre pelo dobro do preço, mas, do mesmo jeito, vai valer a pena.

Mas eu ainda não estou pensando direito. Minha mente meio que se afundou no pensamento sobre infinitos, a hierarquia de Maslow e como algo pode significar tanto. Como alguém pode mudar tanto outra pessoa. John Green conseguiu fazer isso.

A culpa é das estrelas é um livro único. Você começa a ler, e percebe que não é sobre um casal com câncer à beira da morte. É o que a vida mostra para um casal com câncer à beira da morte. É sobre o amor trágico de alguém que não sabe se vai ver o outro dia. É sobre o imprevisível, sobre poesias, sobre uma aflição imperial que eles sofrem – e que os fazem as pessoas mais singelas possíveis.

É um livro que conta o que uma doença pode fazer. Pode te tornar alguém com o Tumor dos Imbecis, ou te tornar alguém que faz a vida do outro valer a pena. Fazer com que gastar seu único desejo com seu melhor amigo ou namorada seja a melhor coisa do mundo. Talvez seja mesmo. Talvez. Por ser algo tão pequeno como dar um presente, isto se torna o melhor que pode fazer. Mesmo que possa fazer mais – Hazel e Gus poderiam, mas eles fizeram seus desejos e os últimos dias serem para sempre. Era só disso que eles precisavam. Não de grandes feitos. Não de grandes marcas. Só precisavam um do outro.

E estou com vontade de chorar de novo. Chorei, sim, nas últimas 40 páginas, com pequenos intervalos. E o livro não acabou como eu imaginei que seria. Achei que acabaria com a morte. Mas ele acabou com amor. E foi um dos melhores finais possíveis.

O fim foi mais ou menos como o de Anna. Mas, mas, a vida é assim. Termina quando menos se espera. Sem que se saiba o que aconteceu. Só que, quando você morre, talvez não saiba como a vida continuou. Mas ela continua, assim como para todos os que leram este livro. A vida continua, mas, assim como a morte para os personagens, A culpa é das estrelas vai deixar uma marca, profunda para alguns (e espero que para a maioria) e nem tanto para outros.

Assim como não esquecemos com facilidade da morte, espero não me esquecer de Hazel, Gus, Isaac, Peter, Lidewij, Patrick, Monica, Anna, o garçom holandês que odiava os confetes da primavera, dos pais da Hazel, e de que a vida vai continuar com ou sem as pessoas. Mas as pessoas vão se lembrar das outras catorze que já se foram, e ninguém nunca vai ser esquecido.

E, para finalizar, a culpa não é das estrelas. Eu espero que você saiba de quem é.

Um comentário:

  1. Parece que vou ter de ler esse livro, se puder me emprestar ele futuramente.. =D

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