02/02/2014

De bobeira


Em alguns posts antigos, eu comentei que minha "maior inspiração" eram os momentos difíceis. Que quando eu precisava desabafar, só pôr para fora, encontrava meu consolo aqui no blog. O único problema é que, quando está tudo ok, eu perco completamente a inspiração.

E fico como estou. De bobeira. Querendo escrever, porém sem ter o que escrever. Quando os dedos só querem ficar em movimento e a mente a acompanhá-los, quando se canta a música das palavras que soam cada vez mais altas, e é possível voar um tantinho, mais alto, deixar tudo solto, para que a imaginação vá mais longe.

(Estou inspirada em Cornelia Funke, reparem.)

Deixo minhas mãos baterem no teclado, livres, enquanto elas procuram formar as palavras certas, misturando algumas erradas para ficar mais bonito. Por puro capricho. Ah, as mentes caprichosas! Tão chatinhas, porque querem tudo do jeito delas: só escrevem sobre tal e tal coisa. Mas dá-se um modo para que vageiem por todos os campos e montanhas, sobrevoem o mar e a terra além.

E aí, finalmente, não estou mais de bobeira. Chega de bloqueio criativo. Depois de tantos meses sem treino, as palavras me voltaram, quase todas de uma vez, com as vozes e tons que dou a elas. Agora posso voltar ao ofício mágico que é escrever.

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