25/01/2015

{Resenha} Ladrões de Sonhos, Maggie Stiefvater

Livro: Ladrões de Sonhos (A Saga dos Corvos #2)
Autora: Maggie Stiefvater
Editora: Verus
Páginas: 434

Ao lado de Blue, os garotos corvos — o privilegiado Gansey, o torturado Adam, o espectral Noah e o sombrio e perigoso Ronan — continuam sua busca pelo lendário rei galês Glendower. Mas suas explorações enfrentam um duro contratempo conforme segredos, sonhos e pesadelos começam a enfraquecer a linha ley — um canal invisível de energia que conecta lugares sagrados e que pode levá-los até o rei. Será por isso que a floresta mística de Cabeswater sumiu inexplicavelmente? Quem é o misterioso Homem Cinzento e por que ele está procurando o Greywaren, uma relíquia que permite tirar objetos de sonhos? E o que isso tem a ver com o indecifrável Ronan?

Vocês sabem do meu amor incondicional por Maggie Stiefvater, já declarada uma das minhas autoras favoritas e idolatradas. Sou apaixonada pelos livros dela... com exceção deste. E agora: "por quê, Nat, esse livro é ruim?". Não exatamente ruim, eu digo. Mas com uma lista de pontos negativos que ficou espantosamente grande se comparada à das outras obras dela.

O que eu mais senti falta: emoção. Li o livro em quase três dias, mas foi mais por impulso do que por me sentir instigada. Faltou aquele tchan, aquela coisa que te faz grudar nas páginas e só soltar quando já é de madrugada (fiquei lendo até a meia-noite, ontem/hoje. Mais uma resenha). Houve uma carga muito maior de drama do que tem de costume. Não que isto seja ruim, repito, mas com a escrita mais mística e melodiosa dela, ficou uma leitura mais densa, por assim dizer.

Apesar de partes serem narradas por todos os personagens - Blue, Gansey, Ronan e Adam - eles frequentemente aparecem separados, como se eles estivessem fora da órbita do enredo. Não havia, como antes, uma ligação mais papável entre eles; com certas brigas causando distanciamentos, cada um divergiu do outro, chocando-se com outros personagens.

Disso eu não posso reclamar: a construção dos personagens. Maggie os encorpa de um modo incrível, transformando-os em figuras absolutamente reais e mágicas. Cada novo nome que surgia trazia mais mistérios e mais uma personalidade excêntrica e envolvente. Eu queria, a cada página, conhecer mais eles. As novas ligações e laços entre eles foram feitas magnificamente, embora, às vezes, por motivos bizarros.

Também: havia coisas ali dentro que são inexplicáveis, com uma exata falta de lógica que chega a impressionar. Sim, claro, é um livro de fantasia. Eu entendo. Em Os garotos corvos, dá pra seguir um certo raciocínio dos acontecimentos mágicos. Aqui não; são ideias um pouco absurdas, que não entraram na minha cabeça. Eu não conseguia fazer aquilo ter um sentido.

Outro ponto muito negativo: erros de tradução. Eu só posso presumir que seja isso, quando uma pessoa escreve "certa feita" ao invés de "certa vez". E mais alguns erros com relação a conjugação de verbos e pronomes. Acho que seria uma boa ideia revisar o livro, porque, sinceramente, ficou meio feio tantos deslizes assim.

Repito: não é um livro ruim. As maiores críticas foram da minha opinião, que talvez outras pessoas não notem ou não se importem (tirando os erros de impressão, esses são imperdoáveis). O final terminou tão chocante que eu queria correr para a livraria e comprar o outro - pena que ainda não foi lançado. :(

xoxo, Nat

4 comentários:

  1. Oi Nat, tudo bem?
    Acredita que nunca li absolutamente nada da Maggie Stiefvater? Juro! Hahaha Confesso que ainda não conhecia esse livro, viu?
    Odeio quando isso acontece.. quando falta emoção!
    E sério, erros de tradução são extremamente chatos :(

    Beijos,
    http://leitoraonline.blogspot.com.br

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    1. Se quiser conhecer Maggie Stiefvater, sugiro começar por "A Corrida de Escorpião" - meu livro preferido dela! "Calafrio" também é excepcional, mas muito mais romântico e invernal do que o primeiro.

      Beijos!

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  2. Erros de tradução -> mais um motivo pra aprender inglês. Erros de tradução me dão um desânimo, sério mesmo.
    Mas ouvi falar muito bem dessa saga, às vezes acontece de ter um volume que não agrada tanto, mas ainda assim a história pode valer a pena, não é?
    Mas falta de lógica sempre atrapalha um pouco. Às vezes em algum seriado tem umas ações que penso que só foram feitas pra dar a continuidade que o autor queria, por que tem coisas que realmente não fazem sentido.

    Beijos,
    Thiago - Blog GentleGeek

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    1. Eu não sei se é coisa da minha cabeça, mas em trilogias, é muito comum que o segundo livro não seja tão bom quanto o primeiro ou quanto o terceiro. Exemplos: Insurgente (Divergente) e A Elite (A Seleção) foram duas continuações não muito boas, mas que terminaram muito bem.

      Espero que este seja o caso. *-* Beijos!

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