05/09/2015

{Resenha} A menina que tinha dons, M. R. Carey

A MENINA QUE TINHA DONS | M. R. Carey | Fábrica 231 (Rocco) | 384 páginas
(Skoob - adaptada) "Cultuado autor de quadrinhos e roteiros da Marvel e da DC Comics, entre eles algumas das mais elogiadas histórias de X-Men e O Quarteto Fantástico, o britânico M. R. Carey apresenta uma trama original e emocionante em sua estreia como romancista com A menina que tinha dons, lançamento do selo Fábrica231. Aclamado pela crítica, o livro se tornou um bestseller imediato na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao contar a história de Melanie, uma menina superdotada que faz parte de um grupo de crianças portadoras de um fungo que se espalhou pela Terra e que são a única esperança de reverter os efeitos dessa terrível praga sobre a humanidade. Uma comovente história sobre amor, perda e companheirismo encenada num futuro distópico."

Uma das leituras mais surpreendentes do ano. O livro começa com as expectativas no céu e não decepciona em nenhum momento. Tem um claro estilo que lembra filme, com foco na ação e nos momentos de clímax que a antecedem; culpa do autor, roteirista bem conceituado de filmes de ficção de ponta. A edição do livro, capa simples porém que atrai por suas cores fortes, acumula mais pontos ainda.

Personagens bem desenvolvidos e com características fortes, que de início afastam uns dos outros, mas que acabam por formar ligações marcantes entre os mesmos. Melanie como um monstro prodígio, o perigo concentrado na forma de uma pequena criança aparentemente inocente. Os outros refletem apenas o medo e a esperança em diferentes níveis ao longo de sua viagem por uma terra supostamente devastada.

A grande sacada do enredo se resume em dois pontos: o fato de que o "fim do mundo" não é causado por um vírus, mas sim por um fungo, e pelo fato de que há uma quantidade considerável de explicações com fundo biológico para justificar o primeiro item.

Os parágrafos explicativos nem sempre são de todos claro e é necessário ter um conhecimento mínimo sobre fungos para entender com maior clareza, mas não é um grande quebra-cabeça entender o que se passa no organismo que "escravizou" a raça humana.

Todas as informações científicas fornecidas apenas auxiliam a compreender porque tais situações acontecem e porque outras mais ocorrerão. Algo que fez grande diferença ao longo da história e que fez com que o livro se destacasse  entre tantos outros que apenas que jogam o leitor em um novo cenário e "ele que tente se entender ali". Um avanço para a ficção literária, e que outros sigam seu exemplo.

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