Herdeiros de Atlântida (Filhos do Éden #1)
Eduardo Sporh
Editora Verus
473 páginas
Eu, sinceramente, não sou capaz
de contar todos os detalhes da história dos anjos – as guerras, o início de
tudo, quem é inimigo de quem – enfim, eu entendi parcialmente essa parte.
Cheguei a pedir para uma amiga uma versão simplificada, mas ela disse que eu ia
entendendo e fazendo associações ao longo da história. Ela tinha razão. E, do
mesmo modo, não posso explicar tudo aqui. Demoraria muito.
Então. A história em si inicia
com Urakin, um querubim (anjo guerreiro) e Levih (um anjo “passivo” – não sei
de dá para chamá-lo assim) chegam à Terra em uma missão: procurar a arconte ishin
chamada Kaira e sua guarda-costas Zairon. Estes estavam em outra missão, mas
por algum motivo estão desaparecidos. E após muitos acontecimentos que vão
esquentando a leitura, eles chegam até Denyel (que é a verdadeira incógnita até
o fim do livro).
Depois disso, começa a
verdadeira diversão. Claro que já nos primeiros capítulos Urakin e Levih são
atacados por Raptores, o que sugere que o livro tem muita ação. E tem mesmo – o
livro quase nunca chega em um ponto morno, sempre há agitação ou/e conflitos
pessoais.
Confesso que a leitura me
surpreendeu muito. Nunca li nada de Eduardo Spohr – que me fez ter muita fé na
nova literatura brasileira – mas este foi um bom ponto de partida. Os
personagens são incríveis, com personalidades muito bem definidas, o que não
impede, entretanto, que você possa se surpreender com eles ao desenrolar da
história.
E o que mais ganhou pontos,
para mim, foi a quantidade de informações que o autor fornecia para um
entendimento muito melhor do conteúdo. Acho que ele deve ter feito uma pesquisa
muito longa mesmo. Todos os detalhes sobre os anjos, plano astral, céus, vértices,
vórtices, Atlântida, até mesmo sobre a Universidade de Santa Helena, com
detalhes mínimos de tudo. Confesso que foi isso que me deixou a melhor
impressão: dá para ver que ele realmente se empenhou para que tudo parecesse
real e fiel à história.
O enredo, além disso, é muito
bem pensado, e, enquanto lê, vai chegando à conclusão de que não pode tentar
premeditar a história: tem inúmeras reviravoltas e sempre mais informações à
vista, que abrem novos mistérios. É um livro puramente de história e ação, com
lampejos de reflexões. Apesar de o tema central ser o dos anjos, o livro não é
religioso, mas sim, trata toda a visão de Deus e os anjos como uma forma
diferente de ver o mundo.
Mas, não vou esconder: no
início, achei um pouco maçante, pois eram muitas coisas que não tinham nexo
entre si. Porém, rapidamente iam surgindo as ligações. Agora preciso ler Anjos da Morte – a literalmente grande
continuação da história.
P.S. - Vocês devem ter notado que voltei a fazer posts. Estou, atualmente, usando a internet da escola
(com autorização!)
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