02/08/2015

{Resenha} Profundezas, Tricia Rayburn

Minha vontade de postar aqui cresceu nas últimas semanas. Mas o meu medo por uma página branca e vazia, à espera, não tinha chego ao fim. Então, ontem, ao terminar a primeira leitura de agosto (\o/ comecei bem), corri para o Skoob e digitei  minha primeira resenha em muito tempo: o espaço para texto é bem menor que este aqui, hehehe. E cá estamos.

PROFUNDEZAS | Tricia Rayburn | Editora Verus | 336 páginas
"Um ano depois dos acontecimentos que mataram sua irmã e transformaram Vanessa em sereia, ela tenta desesperadamente manter sua família unida e retomar a vida 'normal'. De volta a Winter Harbor para passar o verão, as lembranças do ex-namorado, Simon, estão em toda parte. Vanessa o ama e faria tudo para que o relacionamento desse certo. Mas como pode pedir que ele a aceite de volta? E como Simon poderá amá-la quando descobrir a terrível verdade - que, para permanecer viva, Vanessa precisa satisfazer seus desejos de sereia, não importando quem saia machucado?"

Quando comecei a ler a trilogia, em 2012, não fazia ideia do rumo que ela tomaria (o que acontece na maioria das vezes). Mas certamente não foi como acabou - e não digo exatamente como um elogio.

O livro não teve muitas cenas de ação e o mistério não foi muito convincente. Ele foi se desdobrando ao longo das páginas e eu o acompanhei em cada parte, mas ainda estou esperando por sua solução. O suspense sobre a nova onde assassinatos ficou em segundo plano, quando eu acho que merecia mais destaque. Porque ouvir a personagem principal resmungando e choramingo o tempo todo não é NADA legal. Okay que ela estava em uma condição especial e sua transformação estava, bem, mudando (é exatamente isso), mas ela tinha com quem contar e simplesmente deixou tudo para a última hora.

Chamo isso de descuido. Muito descuido.

E, por favor, que final foi aquele? Plausível, mas muito apressado e mal construído. Nas últimas trinta páginas o foco do livro mudou - passando então para o mistério, com uma resolução fraquinha - e o que antes estava sob os holofotes - o romance conturbado de Simon e Vanessa - fugiu para as coxias antes do último ato e voltou só para receber os aplausos (escassos).

E o que mais me deixou sentida foi que vários personagens tão legais foram deixados de lado. E o passado de Charlotte, tão raso? E Betty e Oliver, que só apareceram em raros momentos? E os pais da Vanessa, que pareceram nem ter vida própria, só em função da filha? Natalie, apesar dos pesares, também não ganhou grande destaque durante a trama. Nem mesmo o Simon ganhou o espaço que merecia. Pelo menos Justine foi mencionada algumas vezes - mas nem um décimo do que seria o mais legal.

Uma coisa toda muito confusa, mas devo dizer que autora conseguiu ao máximo dentro da realidade criada por ela: nada de sereias muito mais mágicas, e nada de grandes paradoxos que acabam por eliminar toda e qualquer lógica em sua mitologia. A escrita continua impecável como sempre, e o que devo dizer dessa capa? *o* O trabalho da editora Verus não podia ser melhor! Ainda bem, porque acho que não haveriam grandes pontos positivos neste livro...

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