17/05/2015

Desafio Literário 2015: abril

Minha meta para abril era ler um livro do meu autor favorito, e como eu tinha entrado na onda de ler os livros da estante - no caso meus exemplares novíssimos de O Senhor dos Anéis, não hesitei em escolher J. R. R. Tolkien para figurar minha escolha deste mês. Okay que dei uma trapaceada de leve, porque eu de fato já li "As Duas Torres", mas não deixou de ser um desafio terminar o livro em cerca de duas semanas. :P

AS DUAS TORRES | J. R. R. Tolkien | Editora Martins Fontes | 486 páginas
"As Duas Torres", segunda parte de "O Senhor dos Anéis", conta o que sucedeu a cada um dos membros da Sociedade do Anel, depois do rompimento de sua sociedade, até a chegada da grande Escuridão e o início da Guerra do Anel.

Como da primeira que eu li, o segundo volume não foi tão bom quanto o primeiro, talvez porque As Duas Torres é separado em duas partes: a primeira segue o ponto de vista de Aragorn, Legolas, Gimli, Merry e Pippin, contando sobre suas viagens distintas até Rohan e depois Isengard; a segunda parte nos mostra a viagem de Frodo, Sam e Gollum até Mordor. Isso não exatamente me agradou, porque eu prefiro imensamente os capítulos que se passam com a maioria dos membros restantes da Comitiva. Eu me apeguei muito mais à eles; e por muitos momentos a relação entre Gollum e Frodo me irritava profundamente.

Entendo a compaixão de Frodo e seu senso de dever quanto ao seu guia, e este não é o ponto, mas não consegui captar o real motivo por Gollum ser tão bipolar. Ele está ainda sob influência do Um Anel, e isso o divide em ser bom e em ser mal. O ponto que me confunde é: porque ele não escolhe se fingir de bom o tempo todo? Porque é o que ele escolher fazer no fim das contas, mas não fica claro se esse foi seu propósito desde o início. Claro, seu plano inicial era tomar de volta seu precioso, mas porque ele diabos não se decide?

Claro que isso torna a trama mais interessante, descobrir se o lado Gollum ou o lado Sméagol vencerá a disputa psicológica, mas eu bem que queria descobrir motivo de tamanha embromação - desnecessária em certo ponto. Outras coisas poderia terem sido mais desenvolvidas no lugar, como a chegada aos Portões de Mordor. Acho que Tolkien só incluiu aquela cena para dizer que os portões não poderiam ser usados pelos hobbits, mas bem que poderia ter "algo a mais ali" - foi o que eu (fiquei) esperando.

Mas, por esse e por outros motivos, não deixa de ser um livro muito, muito bom. Não tenho um livro ou autor preferido, mas sempre que me pedem acabo citando Tolkien (ou Cornelia Funke). As obras dele eu posso recomendar para qualquer leitor, seja ele iniciante ou experiente, criança ou idoso, amante de romance ou ficção científica. São absolutamente incríveis.

Minha meta de maio é pedir que alguém escolha um livro pra mim: pedi pra minha irmã e ela me largou no colo (não literalmente) O Príncipe, de Maquiavel. A menina entrou agora na faculdade de Direito e vai me fazer entrar na onda também... O jeito agora é ler. ^^

2 comentários:

  1. "mas porque ele diabos não se decide?" hahahaha isso foi hilário. Imagino sua indignação em relação ao Gollum, ele não é o tipo de amigo que alguém gostaria de ter e muito menos entender. Sobre a escolha de O Príncipe, me conte depois se os fins realmente justificam os meios... não, sério, espero uma resenha dizendo se o livro vale a pena ler... nunca li e estou curioso! Beijos, Bruno Jean Kitzberger

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    1. Gollum sempre sendo o pior e o melhor personagem... Vá entender. u.u

      Beijos!

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