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17/05/2015

Desafio Literário 2015: abril

Minha meta para abril era ler um livro do meu autor favorito, e como eu tinha entrado na onda de ler os livros da estante - no caso meus exemplares novíssimos de O Senhor dos Anéis, não hesitei em escolher J. R. R. Tolkien para figurar minha escolha deste mês. Okay que dei uma trapaceada de leve, porque eu de fato já li "As Duas Torres", mas não deixou de ser um desafio terminar o livro em cerca de duas semanas. :P

AS DUAS TORRES | J. R. R. Tolkien | Editora Martins Fontes | 486 páginas
"As Duas Torres", segunda parte de "O Senhor dos Anéis", conta o que sucedeu a cada um dos membros da Sociedade do Anel, depois do rompimento de sua sociedade, até a chegada da grande Escuridão e o início da Guerra do Anel.

Como da primeira que eu li, o segundo volume não foi tão bom quanto o primeiro, talvez porque As Duas Torres é separado em duas partes: a primeira segue o ponto de vista de Aragorn, Legolas, Gimli, Merry e Pippin, contando sobre suas viagens distintas até Rohan e depois Isengard; a segunda parte nos mostra a viagem de Frodo, Sam e Gollum até Mordor. Isso não exatamente me agradou, porque eu prefiro imensamente os capítulos que se passam com a maioria dos membros restantes da Comitiva. Eu me apeguei muito mais à eles; e por muitos momentos a relação entre Gollum e Frodo me irritava profundamente.

Entendo a compaixão de Frodo e seu senso de dever quanto ao seu guia, e este não é o ponto, mas não consegui captar o real motivo por Gollum ser tão bipolar. Ele está ainda sob influência do Um Anel, e isso o divide em ser bom e em ser mal. O ponto que me confunde é: porque ele não escolhe se fingir de bom o tempo todo? Porque é o que ele escolher fazer no fim das contas, mas não fica claro se esse foi seu propósito desde o início. Claro, seu plano inicial era tomar de volta seu precioso, mas porque ele diabos não se decide?

Claro que isso torna a trama mais interessante, descobrir se o lado Gollum ou o lado Sméagol vencerá a disputa psicológica, mas eu bem que queria descobrir motivo de tamanha embromação - desnecessária em certo ponto. Outras coisas poderia terem sido mais desenvolvidas no lugar, como a chegada aos Portões de Mordor. Acho que Tolkien só incluiu aquela cena para dizer que os portões não poderiam ser usados pelos hobbits, mas bem que poderia ter "algo a mais ali" - foi o que eu (fiquei) esperando.

Mas, por esse e por outros motivos, não deixa de ser um livro muito, muito bom. Não tenho um livro ou autor preferido, mas sempre que me pedem acabo citando Tolkien (ou Cornelia Funke). As obras dele eu posso recomendar para qualquer leitor, seja ele iniciante ou experiente, criança ou idoso, amante de romance ou ficção científica. São absolutamente incríveis.

Minha meta de maio é pedir que alguém escolha um livro pra mim: pedi pra minha irmã e ela me largou no colo (não literalmente) O Príncipe, de Maquiavel. A menina entrou agora na faculdade de Direito e vai me fazer entrar na onda também... O jeito agora é ler. ^^

05/02/2015

{Indicando séries} Arrow

Sei que estive sumida nos últimos dias, mas eu fiquei completamente viciada em... Arrow. Eu estava adorando Reign, da qual já falei aqui. Mas o drama estava me deixando meio depressiva - sério, só acontecia coisa ruim com a Mary, parecia que a vida dela era desgraça - e eram sempre os mesmos vilões e parecia que eu tinha visto uma série inteira ao invés de meia (sim, meia) temporada. Então eu decidi por algo com mais ação, e acabei me decidindo por Arrow.


Eu já estava preparada para acabar do mesmo jeito que Reign, mas estou assistindo há uma semana que contando para os episódios finais da temporada. Quero dizer, um badboy muito do rico (e gato), Oliver Queen (Stephen Amell) volta de uma ilha (aparentemente deserta) após cinco anos desaparecido. E já no episódio-piloto, ele revela ser o Arqueiro Verde ou Capuz, que segue uma lista de nomes poderosos para fazer justiça.



Isso significa: OMG, a Nat está viciada! Sim, e muito. Há muita ação (algo que eu aprecio tanto em livros quanto em filmes e séries), drama na medida certa e muito mistério. Organizações misteriosas, máfia, traficantes, polícia corrupta (supostamente, é o que eu percebi no 01x14) - o que mais eu posso querer?


E uma das grandes sacadas da série (na minha opinião, eu não sei se já tinha isso na história original) é mostrar fashbacks da vida do Oliver na ilha - o que explica várias coisas que acontecem no presente. Quem assiste sabe que ele sai vivo da ilha (dã), mas é emocionante o que acontece lá, a ponto de grudar os olhos na tela até o episódio terminar.


E cada personagem desenvolve sua própria história e visão sobre o vigilante de Starling City. Há os que acreditam que ele é um assassino e deve ser parado, a exemplo do Detetive Lance (Paul Blackthorne) e o melhor amigo de Oliver, Tommy Merlyn (Colin Donnell), e os que acreditam que ele tem um potencial para ser herói, como sua ex-namorada Laurel Lance (Katie Cassidy). E os que sabem que ele realmente é (não colocarei os nomes aqui por conter um certo nível de spoiler).

Felicity, a personagem mais legal da série toda!

Neste exato momento, estou esperando o 15° episódio carregar - porque assistir online é bom, só não quando a internet resolve não colaborar com você. E não deixarei meu fiel computador até ter terminado a cota da noite. *-*

xoxo, Nat

08/01/2015

{Indicando séries} Reign


Desde que comecei a usar o site Filmes Online Grátis, minha busca por séries começou. A primeira que assisti foi A Lenda de Korra, sobre a qual fiz esta resenha aqui - eu planejava resenhar cada temporadas, mas no fim das contas assistia mais rápido do que fazia posts aqui. Depois, vi um episódio e meio de Teen Wolf, que é absolutamente clichê e já no primeiro episódio acaba com a maioria dos mistérios que eu estava esperando. Então comecei a assistir Reign... E pensei que uma coluna só sobre séries aqui no blog seria muito legal.

A série conta a história de Mary Stuart, Rainha da Escócia e seu caminho até o poder, iniciando com sua chegada à França ainda na adolescência e seu noivado com o Príncipe Francis. Acompanhada de suas quatro melhores amigas, Mary precisa sobreviver às intrigas, inimigos e forças obscuras que tomam conta da corte francesa.

Mary & Francis

Logo no primeiro episódio eu gamei na série. E não tem como não gostar. Logo no início, a rainha Catherine de Medici descobre que o casamento com Mary levará seu filho à morte, então ela tenta de tudo para acabar com o noivada. Não que ela seja a grande vilã nesta história, embora seja a principal.

Mary & Sebastian 

Todas as personagens acabaram por me surpreender: Mary como uma rainha preocupada, firme e desafiadora, Francis como o príncipe apaixonado e quem mais dá crédito à Mary, Sebastian (Bash) como o bastardo (muito) lindo e que apoia seu irmão. As damas de companhia, Lola, Greer, Kenna e Aylee, desenrolam cada uma sua própria história, sem ficarem restritas somente à Mary.

Greer, Lola, Mary, Kenna, Aylee

Cada episódio traz um enredo novo e instigante, e que te deixa de boca aberta no fim. É um "jogo dos tronos", só que sem tanta matança e traições - embora ainda existam -, e com muito drama entre as personagens. E com um toque sobrenatural envolvendo um ente que responde por Clarissa - e que dá medinho, sinceramente.

A fotografia e os figurinos são belisíssimos, mas nada me agradou tanto quanto a trilha sonora. A música-tema é de ninguém menos que The Lumineers, uma das minhas bandas favoritas, e que também dá o som ao episódio piloto, incluindo a faixa "Charlie Boy", que já conheço há um tempo. A música folk do grupo combina perfeitamente com o clima de realeza e mistério da série. :)


02/01/2015

Retrospectiva literária 2014

É isso aí, Ano Novo já chegou, e está na hora de revisar todas as leituras feitas no ano e eleger as melhores! Eu tinha pensado em fazer algo mais criativo, tipo "melhores e piores de 2014", mas no fim das contas resolvi seguir o padrão de melhor/pior que usei em 2011 - faz tanto tempo, parece que foi há uma década, e não quatro anos atrás. São ao todo 17 quesitos que deveria responder, mas resolvi cortar alguns (pela inutilidade, sorry). Se alguém quer ver o link original, é só clicar aqui.


Livro infanto-juvenil que mais gostei: Como treinar seu dragão, Cressida Cowell
Queria ter feito a resenha deste livro, mas aí comecei outro e acabei esquecendo (como sempre). Mas é um livro maravilho, original e simples, muito engraçado e corajoso - sim! - e também um dos únicos infanto-juvenis que li este ano. Talvez o único. Mas pretendo ler a continuação no ano que vem, assim que a biblioteca voltar à ativa.

Aventura que me tirou o fôlego: Os garotos corvos, Maggie Stiefvater
Nem tinha como não ser, né? Novamente minha autora preferida surpreendeu neste novo livro, trocando os cavalos d'água pelas misteriosas linhas ley. A combinação de magia, mediunidade, garotos misteriosos e sedutores - além de uma dose de suspense indispensável. O próximo volume da trilogia, Ladrões de Sonhos, já está em minhas mãos para a leitura!

O romance que me fez suspirar: A Escolha, Kiera Cass
Ler a trilogia este ano foi algo que não estava nos meus planos, porque eu sou do tipo que não gosta de livros essencialmente românticos. Nada de chick-lit para mim. Mas assim que comecei a ler A Seleção, descobri que teria que devorar a história toda. E o desfecho da trilogia, A Escolha, foi o melhor dos três.

A saga que me conquistou: As peças infernais, Cassandra Clare
Já conheço a literatura de Cassandra há alguns ano, pela série Os Instrumentos Mortais. Mas esta trilogia é outro nível, literalmente. Eu me encantei de cara, com os personagens, a trama, os mistérios e o novo patamar da história dos Caçadores de Sombras. Eu quase coloquei Jem- Tessa e Will-Tessa como casal do ano, mas tinha que escolher um ou outro, e aí não seria justo, porque adoro ambos os casais em As peças infernais. Uma das melhores leituras do ano.

Clássico que me marcou: A revolução dos bichos, George Orwell
A verdade é que eu peguei o livro para ler sem saber muito do que se tratava. Mas eu o tinha visto em uma ou duas listas de clássicos modernos, então resolvi arriscar. Foi uma leitura muito interessante e reflexiva, que transforma o comunismo russo em uma fábula sobre comportamento bem sinistra (aqui no sentido de obscuro). Comecei a ler também 1984, mas não foi dessa vez que eu terminei de ler.

O livro que me decepcionou: O verão que mudou minha vida, Jenny Han
Confesso: comprei o livro por engano, pensando que a sinopse de Vinte garotos no verão pertencia a este livro. Mas, do mesmo jeito, eu conhecia a sinopse e resolvi arriscar a leitura. Humpf. De todas as resenhas que eu li, todas falavam do amadurecimento da Belly, a protagonista, mas a única coisa que vi nela foi uma menininha bem chata. E irritadiça. E uma história sem muito pé nem cabeça.

O livro que me surpreendeu: Convergente, Veronica Roth
Como todos estavam falando mal do livro desde que fora lançado, eu estava realmente receosa de lê-lo. Mas, para mim, foi um tanto quanto épico. Foi quando Tris finalmente encontrou seu propósito, talvez o seu caminho. O motivo pelo qual ela lutava. Senti um amadurecimento nela, e uma pena que Tobias estava chatinho.

O casal perfeito: Cate e Finn, de Amaldiçoadas
O primeiro livro da trilogia, Enfeitiçadas, de longe não foi tão bom quanto este; e, para lhes ser muito sincera, eu fiquei caidinha pelo Finn. Ele é tão fofo, e querido, corajoso... O mocinho perfeito. <3 (Que no fim das contas se deu mal - eu te odeio, Maura.) Cate-e-Finn, como a própria Cate se refere a eles no livro, foi o casal pelo qual eu mais torci (depois vem Caleo, com seu fim sem graça e inacabado).

O (a) autor (a) revelação: John Boyne
Conheci Boyne através do O palácio de inverno, em julho deste ano. Foi uma leitura demorada, mas que valeu muito a pena e que me levou a ler Fique onde está e então corra e seu livro mais famoso, O menino do pijama listrado. Confesso que o último não me agradou tanto, mas os outros dois foram arrebatadores. Na minha estante já está O garoto no convés, e assim que conseguir, vou experimentar o seu livro de estreia, O ladrão de tempo.

Melhor livro nacional: O Continente vol. 1, Erico Verissimo
Acho que já conhecem a história. Li Ana Terra para uma peça da escola e me encantei com a história. Tanto que procurei logo ler a obra completa - ou o primeiro volume dela. A escrita sincera e firme de Verissimo me surpreendeu, e seu modo de contar histórias também. Pretendo ler agora O Continente vol. 2 e Clarissa, seu único romance urbano.

Melhor livro que li em 2014: A menina que roubava livros, Markus Zusak
Quem leu minha resenha do livro, sabe o quanto fiquei encantada com ele. Nunca havia me deparado com tanta emoção, com tanta história benfeita e bem contada. Singelamente, penso que é um livro que todos deveriam ler ou conhecer. Ainda não quero ler outras obras do autor - por um medinho de perder o encanto que tenho pela sua escrita. ;)

Li em 2014 aproximadamente 62 (!!!) livros.

Minha meta literária para 2015 é: deixar de abandonar tantos livros e explorar a literatura de outros países, inclusive a do Brasil. :) Ah, e fazer mais resenhas por aqui (porque este ano foi uma tristeza).

xoxo, Nat

18/12/2014

{Resenha} A Lenda de Korra - 1° temporada

E eu finalmente achei um site para assistir filmes online em que não precisava atualizar meu player! *dancinha da vitória* Desde que vi Em chamas (que filme maravilhoso gente, merece uma resenha!), acesso o Filmes Online Grátis quase todos os dias em busca de algo para passar o tempo. E não demorou muito tempo para que eu me deparasse com A lenda de Korra.



Quando tinha meus dez anos, eu era viciada em A lenda de Aang, a história de um menino, Aang, que, num mundo em que algumas pessoas podiam dobrar água, ou terra, ou fogo ou ar, ele era o Avatar - aquele que pode dobrar todos os elementos ao mesmo tempo. Essa série foi a alegria da minha infância, e agora A lenda de Korra é uma das felicidades da minha adolescência.

A história da nova Avatar se passa 70 anos depois da história de Aang. Ao contrário do antigo Avatar, Korra é impetuosa, teimosa e inconsequente - além de muito corajosa e de ter certo desprezo pelas autoridades. Ela tem dezessete anos, e após viver desde criança no Pólo Sul, aprendendo as dobras, Korra parte para Republic City para aprender a dobra do Ar com o mestre Tenzin - filho de Aang.

Korra chega à Republic City

O que eu posso dizer? É incrível! Há muito tempo eu não lia e nem assistia nada que me deixasse tão ansiosa pelo próximo capítulo - ou episódio. Há romance (incluindo triângulo amoroso), mistério, aventura e tudo o mais que alguém pode querer em uma série. Quando você chega ao fim da temporada, tudo pode acontecer.

Já no início Korra tem dois grandes problemas a enfrentar: (1) Amon, um mascarado que luta pela igualdade do povo e que acha que isso será resolvido ao extinguir as dobras e (2) o fato de que Korra não consegue dobrar o Ar, pois ela tem a personalidade oposta à personalidade de um dobrador do Ar. Falta-lhe a paciência, e a conexão espiritual - e isso lhe causa grandes problemas. Também poderia contar aqui a pró-dobra, um jogo parecido com uma luta coletiva, mas isso é mais diversão e treinamento do que outra coisa.


Equipe dos Furões de Fogo na arena de pró-dobra

Os personagens são um tanto clichês, mas isso nos dá uma segurança para adorá-los. Bolim é um pequeno espetáculo, e um dos meus preferidos - engraçado e confiante, aquele que não desiste. Mako é o típico galã sofredor. Asami também é incrível - apesar de não ser uma dobradora, é piloto de teste e sabe lutar desde pequena. Lin BeiFong não me inspirou grandes coisas, mas eu sou simpática com Tenzin por aguentar três filhos pequenos e Korra ainda.


Asami, Bolim, Korra, Mako, Tenzin

A lenda de Korra me fez voltar aos tempos de infância, e me encantar novamente com o mundo dos dobradores (se pudesse escolher, eu dobraria a água *-*). A história se desenvolve de maneira rápida e eficiente, nenhum detalhe ou questão é deixado para trás, apesar de serem poucos episódio (cerca de doze ou treze por temporada). Já comecei a assistir a segunda temporada, e ela promete ainda mais!
xoxo, Nat

01/08/2014

{Resenha} Príncipe Mecânico - Cassandra Clare

Livro: Príncipe Mecânico (As Peças Infernais #2)
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 406

Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que saiu de Nova York para Londres — ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada — foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.

Já faz mais de um ano que li o primeiro livro da trilogia, Anjo Mecânico, e, segundo a minha memória meio falha e subjetiva, acho que não tinha gostado muito do livro. Não faço ideia do por que; mas, neste fim de julho eu estava sem absolutamente nada para ler e louca para ler um livro novo, tipo lançamento. Nunca tinha me dado isso, mas enfim, minha amiga Geisi me ofereceu seu exemplar de  Príncipe Mecânico ainda nem lido. E lá vamos nós!

No fim das contas foi isso: cinco estrelinhas mais favorito na classificação do Skoob. Fazia muito tempo que eu não lia algo tão eletrizante, cheio de mistérios, intrigas e magia! Não havia mais personagens sarcásticos, corajosos, heroicos, mocinhos e mocinhas dignos de livros... pode parecer clichê, mas foi exatamente isso que eu senti.

Neste livro, a turma do Instituto de Londres continuam atrás de Mortmain, que sequer dá as caras, em nenhuma página! Achei sacanagem isso, mas ele (ou Cassandra Clare) deve estar tramando uma entrada triunfal para Princesa Mecânica. O mais impressionante é que eles descobriram muita coisa, mas ainda há muitos segredos a descobrir! Qual é, sempre tem uma carta (ou um baralho inteiro) escondido na manga!

Pessoalmente, adoro a escrita da Cassandra Clare: fácil, fluída e instigante. Descritiva, mas sem exageros e floreios. Ela dá um jeito de nos envolver na história, e quando se vê, já não pode mais largar o livro. As personagens foram incríveis, todas criaram e fortificaram suas personalidades, desenvolveram suas histórias. Tessa Gray em nada é parecida com a outra heroína de Cassandra Clare, a Clary. Felizmente, porque duas Clary ninguém aguenta!

Jem foi o meu amorzinho do livro todo... Gentil, carinhoso, completamente humano. Ele pode parecer um pouco artificial no início, mas depois de uma reviravolta, ele se torna mais querido ainda! <3 O Will me chateou bastante no começo, com aquela tal de maldição que foi levemente furada. Mas depois... Eita. Já não sei mais qual deles deve ficar com Tessa. Os outros foram tão bons quanto: Charlotte (mostrando que a mulher é mais esperta e quem manda! Força feminina, avante!), Henry (que finalmente resolveu acordar!), Sophie e Gideon (<3)

Agora é esperar por Princesa Mecânica, que chega amanhã para mim (também emprestado da Geisi)... E vamos ver como será esse desfecho!

xoxo, Nat

P.S. - Gostei tanto do livro que estou pensando em comprar a trilogia... Quem sabe? :D
P.S. 2 - Eu tirei algumas fotos do livro para mostrar os brilhos da capa... Mas ficaram tão horríveis que desisti de pôr aqui. :(

26/06/2014

{Resenha} Os garotos corvos - Maggie Stiefvater


Livro: Os garotos corvos (O Ciclo dos Corvos #1)
Autora: Maggie Stiefvater
Editora: Verus
Páginas: 376

Todo ano, na véspera do Dia de São Marcos,­ Blue Sargent vai com sua mãe clarividente até uma igreja abandonada para ver os espíritos daqueles que vão morrer em breve. Blue nunca consegue vê-los — até este ano, quando um garoto emerge da escuridão e fala diretamente com ela. Seu nome é Gansey, e ela logo descobre que ele é um estudante rico da Academia Aglionby, a escola particular da cidade. Mas Blue se impôs uma regra: ficar longe dos garotos da Aglionby. Conhecidos como garotos corvos, eles só podem significar encrenca. Desde que se entende por gente, as médiuns da família dizem a Blue que, se ela beijar seu verdadeiro amor, ele morrerá. Mas ela não acredita no amor, por isso nunca pensou que isso seria um problema. Agora, conforme sua vida se torna cada vez mais ligada ao estranho mundo dos garotos corvos, ela não tem mais tanta certeza. 

Eu não esperava nada menos que "perfeição" deste livro. Sou fã de carteirinha (não sei se ainda se usa esta expressão, estou usando agora) da Maggie, um dos livros que sempre coloco como favorito, A Corrida de Escorpião, é dela; além da adorável e fofa série Os Lobos de Mercy Falls (falta só o terceiro da trilogia para leeer). Já conheço boa parte do trabalho da Maggie, e tinha muita, muita fé em Os garotos corvos.

Sério. Poderia ser melhor?

É uma história tão original quanto A Corrida de Escorpião (ACdE). Não existem clichês, romances de adolescente fofinhos, ou destino. Não há destino, há o que há, os fatos e a magia. Caramba, nunca em um livro a magia foi tão explícita, reverenciada e temida/ nunca foi tão mágica. Stiefvater usa uma mitologia/magia da qual eu nunca tinha ouvido falar antes e, talvez por isso, muita gente reclamou que havia pouca explicação e que teve de procurar informações na internet para compreender bem sobre as Linhas Ley. Mas o básico para o entendimento é o conceito, que aparece várias vezes em diálogos (não quero dar detalhes porque é spoiler).

Acho que nunca vou conseguir definir muito bem a escrita da autora. É delicada, meio poética, e neste livro teve nuances macabras e mágicas; é incrível como ela consegue adaptar sua escrita ao tipo de livro. Em Calafrio ela conseguiu traduzir o sentimento frio e triste da história. Bem, ela é fantástica.

Adoro essa lombada! <3

Os personagens foram um espetáculo a mais. Blue foi muito parecida com a Puck de (novamente) ACdE: personalidade, respostas sarcásticas, a família meio estranha mas muito querida, os primeiros namorados... Eu gostei muito do Adam no começo, ele era o tipo de garoto simpático e tímido com quem simpatizei de cara. Mas quando o livro foi chegando no final... Eu queria bater nele, gritar umas verdades na cara do Adam e sacudir um pouco pra ver se raciocinava alguma coisa. Desgostei.

Mas o Gansey... Ah, que amor! ^^ Ele tem tudo para ser o tal badboy, mas não é! É o melhor amigo, faz de tudo pelo Adam e pelo Ronan, tem uma obsessão esquisita e maníaca (sei que obsessão já é maníaca, então pensa como é), bonito e carismático. É ele quem dá o ar especial ao livro. E o Noah... bem, ele é Noah. Adoro como ele é fofinho (do jeito amigo) com a Blue.

Preciso dizer que recomendo? ;)

23/05/2014

A menina que roubava livros, de Markus Zusak

A menina que roubava livros
Markus Zusak
Editora Intrínseca
480 páginas

"Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Assombrada por pesadelos, Liesel Meminger compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra.  A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público."


Eu realmente não queria escrever esta resenha. É quando gostamos muito de um livro, gostamos muito mesmo, e aí temos medo de falar sobre ele. De que nossos sentimentos sejam um tanto quanto pequenos em relação à eles quando colocados em palavras. Eu acho, ainda, que esta resenha não será uma boa ideia.

Mas vamos às palavras:

É isto mesmo. O livro A menina que roubava livros trata das palavras. Cita-as várias vezes. Liesel Meminger, a personagens principal, uma menina da guerra, é apaixonada pelas palavras. E também as odeia. As palavras destroem, sussurra-se, e de novo e de novo. E também sabem salvar.

Também é sobre a guerra, a que se tornou a 2° Guerra Mundial, e que devastou tanto as pessoas que talvez nunca seja capaz de deixar de existir nas pessoas. Eu não estive lá (não nesta vida, pelo que sei), mas agora há um pouco dela em mim também. Os nazistas, os judeus, os alemães que são os nazistas e os judeus. Estes, que fazem parte da pátria, mesmo que esta os tenha repudiado. E há um novo olhar sobre a guerra. Todos os alemães apoiam a guerra? Ja oder nein? Nein. Liesel não apoiava a guerra. Ela tinha um amigo judeu, que era seu amigo por conta de promessas de outra guerra e um acordeão. E um endereço.

É a história dos livros, de cada um, junto de suas palavras impregnadas nas páginas. Quantos posso citar? O Assobiador, que me lembra vagamente dos vários livros de Agatha Christie. O Manual do Coveiro: o primeiro livro ninguém nunca esquece. E nem a neve, o trem, os olhos vazios.

Ah! Talvez eu devesse por as palavras antes, mas bem, aqui vão elas:
Esta resenha contém spoilers.

Mas talvez eles só sirvam para quem já começou a ler, ou para quem já está no comecinho da leitura.

É a história de Liesel. E Hans e Rosa. O quase atleta e adorável Rudy Steiner, Max Vandenberg, escritor e segundo melhor amigo de Liesel. Acho que o primeiro sempre será Rudy. Eu queria que fosse. E Frau Hotzapfel (que, notei singularmente, tem apfel escrito no nome. Apfel é maçã em alemão, mas o resto do sobrenome eu desconheço o significado), com, lá vai spoiler, seus filhos de guerra. Todos ali, naquelas páginas, são filhos da guerras. Seus corações nasceram dela, moldaram-se aos seus costumes e a ela se entregaram. Alguns. Os mais resistentes, porém, não se deixaram levar pela guerra. E a guerra os leva à morte.

Pois é. A morte. Dona Morte, como as dos quadrinhos. Não pensem, por favor, que estou "diminuindo" a Morte do livro de Liesel. Pelo contrário. Ela é tão humana, tão explicitamente humana, que o mais próximo que consigo chegar de um exemplo é a Dona Morte. Que aparecia nas historinhas, mas que nunca me deu medo. Como a Morte. Eu me compadecia por elas, criava um apreço pequeno, mas que estava lá. Consegui me aproximar um pouco mais da narradora de A menina que roubava livros, e ela foi a melhor personagem do livro todo.

Para não falar da escrita de Markus Zusak. Me lembrou, já quando estava avançando na leitura, da escrita de uma das minhas escritoras favoritas, Cornelia Funke. Poética, com notas suaves de palavras bonitas, mas que nunca, nunca deixam de ter um sentido autêntico. Quero dizer, nestas palavras, que cada letrinha que o autor deixou lá tem o seu papel no livro. Assim como as palavras dos livros de Liesel tinham importância para ela, cada uma das palavras de Markus Zusak ficou comigo, e talvez fiquem para sempre.

E... chorei. Quando quase todas as pessoas morreram. Acho que as pessoas certas ficaram para contar o resto da história, mesmo que, bem... Foi uma guerra. Pessoas certas também morrem. Não estou feliz com este pensamento, embora ele seja levemente reconfortante. Por algum motivo.

Li A menina que roubava livros no momento certo. Quando tinha lá meus doze anos, peguei uma vez na biblioteca para ler. Comecei, mas não fui nem até a metade. Durante a semana, enquanto estava lendo o livro rejeitado de pelo menos quatro anos atrás, percebo que não tinha maturidade para ler. Quero dizer, eu leria numa boa, mas nunca marcaria tanto quanto agora. Nunca faria tanto sentido as palavras de Markus, ou da Morte, ou de Liesel, para mim.